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O que será de mim após a pandemia?

O que será de mim após a pandemia?

Nesse contexto de tanta incerteza, a pressão que cai sobre nós para pensarmos o que fazer e como agir é monumental. E esse movimento de revisar e refletir é mais do que necessário pelo impacto da pandemia que assola o mundo todo. Todo. Não há um só canto do mundo que esteja imune ou despreocupado com a situação. O objetivo desse artigo não é trazer uma verdade, a absoluta. Tampouco trazer aspectos econômicos que lidamos ou lidaremos. Mas uma perspectiva sobre o que é humano em si. E espero que ele te ajude a pensar o que quer fazer, o que você pode fazer e o que você deve fazer. Trazendo Cortella e Aristóteles: “nem tudo que quero eu posso; nem tudo que posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero”. Mas uma ação de nós é solicitada. O que podemos fazer então?

  1. Olhar para si: um dos pontos que mais vem à mente sobre essa fase é a necessidade de autoconhecimento e auto observação. As crises são um oportuno momento para olhar para dentro e pensar, sentir e refletir sobre o que somos. Uma ou algumas vezes, paramos para pensar o porquê dessa vida. Qual a razão de tudo? Quais as razões de nossas ações? O que nos move? O que nos energiza? Qual o meu télos? E o que não? Quais as mudanças que estamos enfrentando e como que eu posso (sobre)viver nesse contexto? As ambiguidades e dúvidas sobre o que vem são muitas. Consolidar, reforçar ou rever o que somos nos dá mais potência para ação. Com isso, podemos construir a nossa identidade, projetos e buscar saúde física e mental mais fortes para uma jornada que é uma ultramaratona. E não uma corrida de 100m.
  2. Cuidar de si: a fisiologia humana traz um tripé importante para nossa saúde. E um tripé bem desafiador no Brasil: alimentação, exercício e sono. Ficar mais em casa nos permite pensar melhor nossa alimentação. O que comemos? O quanto comemos? Por que comemos? Mas sem esquecer que 3/4 da nossa população são de classes C, D e E. Alimentar-se hoje não é garantia de alimentar-se amanhã. Muitas vezes, e para muitas pessoas, nem hoje. Se há o que comer na minha mesa, o que se pode fazer pelos outros (se houver essa vontade)? O segundo ponto do tripé, atividade física, libera uma série de hormônios durante e pós exercício. Mas também traz uma sensação de bem estar com a endorfina por exemplo. E isso tem um impacto direto no nosso dia a dia além de ajudar a reduzir a sensação de estresse. Há inúmeros iniciativas online grátis que nos mostram o que podemos fazer em casa. Por último, o sono e a qualidade dele. Em uma época tão crítica e tensa como hoje não há quem não perca o sono. Há contextos sociais que são ainda mais problemáticos quando as condições mínimas de vida não existem. Mas tomar decisões possivelmente duras que impactam a vida da própria família ou de muitas também é de tirar o sono. Mas dentro das possibilidades, buscar um sono de qualidade é vital.
  3. Cuidar do tempo: o tempo está corrido, agitado ou acelerado? Não! A verdade é que o tempo é o mesmo. Um segundo é um segundo hoje e daqui dez anos. Mas como dividimos o nosso tempo é o que nos afeta. Qual a quantidade de tempo que estou dando para cada atividade ou parte da minha vida? Qual a qualidade que coloco em cada uma delas? Quantas atividades eu coloco ou sofro pressão interna ou externa para colocar na minha vida? Quanto tempo estou dedicando para mim e quanto estou dedicando para outras pessoas? Quem são essas pessoas? Como meu tempo está organizado ao longo dos dias? Essas e outras questões são importantes para revermos a direção da vida. Por mais que outras pessoas possam influenciar, a decisão é sua em última estância com base no seu melhor conhecimento sobre si.
  4. Olhar para fora: a consciência de você mesmo é tão importante quanto a consciência de outras realidades. Somos uma raça social, tribal. E esse é um dos principais desafios desse período. Como ficar sozinho já que eu preciso de outras pessoas. Preciso? Todos precisamos em algum grau. E essa interdependência existencial – e não só econômica – que traz o desafio de gerar empatia pelas pessoas. Essa consciência de onde vivemos e das múltiplas realidades distintas que balizam ações que interferem nesse coletivo. Pode ser na sua família, no seu prédio, na sua comunidade, no país ou no todo mundo. Há uma interdependência mínima que seja. Ubuntu: “sou o que sou pelo o que nós somos” (expressão zulu).
  5. Buscar empatia: por que devemos pensar na relação com outras pessoas? Se vivemos em grupo e a convivência entre pessoas interfere nas nossas vidas e na felicidade (conceito subjetivo), a qualidade dessas conexões passa a ser relevante. Há eu, há o outro. E há nós. E nesse campo que se cria entre duas pessoas é onde se estabelece a empatia ou a falta dela. E não é dizer “sinto muito, isso é horrível mesmo”. Tampouco “calçar os sapatos da outra pessoa” na busca de “sentir o que ela está sentindo”. Cada dor é única e individual. Marshall Rosemberg, psicólogo e autor de “Comunicação não Violenta”, diz que “a empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”. Sem juízo de valor. Porque se eu penso com o meu valor, posso não estar pensando no valor do outro. E não será respeitoso. Não será empático. E a empatia se coloca muitas vezes justamente em momento de vulnerabilidade. A vulnerabilidade é uma condição humana. Mostrar-se forte foi uma construção histórica e social que pode castrar sentimentos, gerar desconexão entre as pessoas e potencializar quadros psicológicos ou psicossomáticos gravemente.
  6. Equilíbrio emocional: vivemos em uma sociedade onde precisamos criar, conquistar, produzir, ser racional, ter coragem, ser forte, estar firme, ter força, ter resistência… São questões da energia masculina. Não só de homens. Mas também de mulheres e pessoas não binárias que trabalham essas potências. É o que Carl Jung chama de animus. São fundamentais para nossa sobrevivência pessoal e financeira. Porém, em níveis polarizados (exclusivos ou extremamente desbalanceados), trazem toxicidade. Isso é tão forte e potencializado em nosso inconsciente coletivo e valores sociais que temos seus resultados atualmente: estresse, ansiedade, depressão, doenças físicas e afins. Por outro lado, há a necessidade de trabalharmos a energia feminina que Jung chama de anima. E homens: não pense que vocês não a têm! Tooooodos temos. Homens, mulheres, cis, trans, não binários, gays, lésbicas, pessoas heterossexuais ou bissexuais, pansexuais… todos, todas e todes temos ambas as energias! Porém, foi criada a percepção de que essa energia feminina é menos relevante, mais fraca, mais frágil. Há muita potência no cuidado, na colaboração, na nutrição, na compaixão e em outros aspectos da anima. Também na emoção, à prova do que a Comunicação já trabalha em suas produções. Balanceá-las de acordo com o momento e a situação traz equilíbrio emocional, potencialidade e humanidade a nós. É muito mais forte.

E, com esses pensamentos, que te convido a refletir sobre nosso esse momento e sobre você. Toda guerra, revolução ou pandemia traz transformações sociais e/ou econômicas. São fatos. Algumas mudanças veremos no futuro. Quais serão? Em qual grau? Quando ocorrerão? Não sabemos responder a essas e outras perguntas no momento. Essa incerteza traz angústia, ansiedade, inquietação… Natural. Mas não precisamos nos mostrar sempre fortes. Enxergar esses e outros sentimentos que muitas vezes as pessoas não querem transparecer às outras é um passo para uma jornada mais saudável. Pedir ajuda para entender ou viver esse momento também não é nenhum demérito.

O girassol é uma flor singular. Se movimenta em função do sol ao longo do dia. E quando não há sol, uma flor se volta para a outra. O momento pede essa conexão. O covid te convida. O que você quer, o que você pode e o que você deve fazer? Essa decisão é sua. Podemos estar isolados, mas não estamos sozinhos. Que a ciência traga as soluções o mais rápido possível. Para quem acreditar, que a Inteligência Suprema interfira positivamente nesse processo seja lá o nome que cada um der a Ela, Ele ou Ile. E que seja um momento em que cada um de nós possa crescer, progredir, evoluir.


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Sobre o autor: Ricardo Barros é sócio-fundador da Evolutis, empresa dedicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional por meio do Coaching e consultoria. Um dos pilares das ações é Inclusão & Diversidade. Trabalhou por mais de 20 anos como executivos em empresas como Microsoft, IBM, Oracle, Linx e Algar Tech. Enxergou que as pessoas pessoas precisam voltar para sua condição humana mais básica e conhecerem a si para encontrarem seus caminhos e viverem uma vida mais plena e genuína. Ciente de que isto é um processo, tem como lemas “O segredo da vida é saber para que se vive e não deixar a vida em segredo” (Dostoiévski) e “Conheça-te a ti mesmo” (Sócrates). É consultor de Inclusão e Diversidade para organizações. Espírita e terapeuta reikiano (Nível 1), também no seu processo assim como todos, mas com muita energia para mudar esta realidade!

Formação em coaching: formado pela ICI Coaching, onde realizou o curso de formação em coaching, coaching de equipes, coaching de carreira e carreira para jovens e formação no assessment de liderança Janusian. E está complementando sua formação como coach na Ecosocial que traz a antroposofia como base e tem grande foco em liderança organizacional.


O que é o coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os sintomas da COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:

  • Tosse;
  • Febre;
  • Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Dificuldade para respirar.

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:

  •  Toque do aperto de mão;
  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.

(fonte: site do Ministério da Saúde)

Mais informações:

Site do Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil, acesse clicando aqui.

Site da Organização Mundial de Saúde, em inglês, acesse clicando aqui.

 

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